ô amor
não quero decepção
do que temos quero mais mais
sem pudor e sem qualquer contradição
sem disfarces, coisas banais
e por que é tão escuro aqui?
acenda uma luz qualquer
que eu procuro a porta
pra poder sair
quero o sol a nos banhar
quero a vida a respirar
e eu te quero, como eu quero
não tenho como negar
mas tudo vai acabar
e há tantas memórias em nós
não me machuque, não me machuque
eu procuro a porta
ô amor
eu fui presa pelo meu cansaço de tentar demais
e depois de tantas decepções não sobrou quase nada em mim
e por que ficou tão frio aqui?
procure um medo meu, eu
que eu ateio fogo
pra poder sorrir
danos irreparáveis, memórias a dançar
entre os cortes semiabertos nos restos do meu amar
só não me deixe aqui sozinha, eu tenho medo de afogar
entre as tuas entrelinhas e não conseguir parar, parar, parar