[Intro]
Nesta curva tão terna e lancinante
Que vai ser, que já é
O teu desaparecimento
Digo-te adeus?
E como um adolescente
Tropeço de ternura, por ti
[Bezegol]
Como eu gostaria
De explicar agora o que na altura não sabia
Poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
Adormecer contigo, minha maior alegria
Ai, como eu te queria
Como seria?
Não termos deixado ser levado pelo vento
Juntos enfrentarmos a erosão que trás o tempo
Juntos conduzirmos para a vida, nosso rebento
É o meu lamento
[Deau]
Escondeste o passado
E o futuro fugiu com o que existe entre nós
Após o amor quebrado, quebraste o laço que existe no pós
(São) pormenores que a vida afronta
(Eu) tenho de pagar a conta
Juro, emano amargura, quando a loucura encontra
Forma de marcar presença
Consciente sem consciência
Consistência perdida, a boca dispensa, o coração não pensa
Sentença pesada, há quem lhe diga
Há quem navegue na vaga da vida
Amor quando estiveres de partida, diz-me, sou eu quem te guia?
[Bezegol]
Como eu gostaria
De explicar agora o que na altura não sabia
Poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
Adormecer contigo, minha maior alegria
Ai, como eu te queria
Como seria?
Não termos deixado ser levado pelo vento
Juntos enfrentarmos a erosão que trás o tempo
Juntos conduzirmos para a vida, nosso rebento
É o meu lamento
[Deau]
Parece que ficas para saber a falta que tu me fazes
Troçar da forma como eu tentei decorar os espaços
Guardar o tempo dentro de uma caixa de sapatos
Com o intento de voltar atrás sempre que os tiver calçados
Sabes, solas de nuvens não dão para escombros
Trás-me de volta aos teus braços
Arranha-me os ombros
Faz-me sentir esse teu mais que tudo e todos
Que o rasto dos teus passos são quando eu me afasto dos sonhos
[Bezegol]
Como eu gostaria
De explicar agora o que na altura não sabia
Poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
Adormecer contigo, minha maior alegria
Ai, como eu te queria
Como seria?
Não termos deixado ser levado pelo vento
Juntos enfrentarmos a erosão que trás o tempo
Juntos conduzirmos para a vida, nosso rebento
É o meu lamento
[Deau]
Por vezes vazo por esses lados, onde mindinhos dados
Juramos ver-nos tornados velhinhos contra tornados
Remoinhos e tempestades com filhos criados
Vida de baixos e altos
Saltando de palcos em palcos
Cruzar veredas com a verdade das varizes
Amar até tornar fútil kits de rímel e vernizes
Acredita, eu pensei mesmo que te iria ver onde
A nossa varanda teria a vista mais bonita para o Douro
[Bezegol]
Como eu gostaria
De explicar agora o que na altura não sabia
Poder voltar atrás mas manter a cabeça fria
Adormecer contigo, minha maior alegria
Ai, como eu te queria
Como seria?
Não termos deixado ser levado pelo vento
Juntos enfrentarmos a erosão que trás o tempo
Juntos conduzirmos para a vida, nosso rebento
É o meu lamento